Publicado em 13 julho, 2018
VOCÊ É O ÁRBITRO DO JOGO DE SUA EMPRESA
Não há dúvidas: quem define o resultado do negócio é o empresário.
Os tempos mudaram e a velocidade com que as coisas mudam chega a nos assustar. Os vários anos de experiência são base para análise de muitas situações atuais, mas nem sempre nos auxiliam na superação dos novos desafios, pois esses são de realidades bem diferentes das situações de antigamente. Podemos citar várias situações e entre elas temos a repercussão nas redes sociais. Antigamente uma impressão de um cliente era difundida pelo famoso “boca-a-boca” na região onde a empresa estava localizada. Hoje, essa repercussão pode ser mundial através das redes sociais e a empresa citada nem precisa possuir uma conta nestas redes. Sendo assim, é inerente à nossa vontade e precisamos estar atentos a essa nova situação. Outra analogia bem atual é a Copa do Mundo de 2018! Esta é a primeira copa com a participação do árbitro de vídeo. Vejam que há mais árbitros fora de campo que dentro de campo. Podemos fazer várias reflexões sobre isso em comparação com nossos negócios. Vamos refletir sobre alguns pontos:
As decisões continuam sendo tomadas pelo responsável do jogo (empresário), mas o uso da tecnologia permite que tenhamos decisões mais assertivas e coerentes. O tempo de resposta precisa ser rápido e a tecnologia nos permite também maior agilidade. Sabemos que é possível conduzir um jogo (empresa) sem o uso de tecnologia, mas o risco de erros é visivelmente muito grande, e isso pode mudar o resultado final de seu negócio (jogo). A ausência de informações, principalmente financeiras, sobre a empresa nos leva, no mínimo, a uma lentidão nas tomadas de decisões e consequentemente as reações, às inúmeras adversidades que o mercado nos impõe, podem ser tardias.
Outro ponto a ser observado é que se não tomarmos uma decisão corretiva segundo as regras do jogo, a responsabilidade do resultado negativo é exclusivamente de responsabilidade do árbitro (empresário) e a falha da equipe (jogadores) é entendida como algo correto – ou no mínimo aceitável. Isso significa que nós, líderes, é que precisamos aplicar as regras do jogo mostrando coerência e transparência. Se não há regras definidas e formalizadas, não há possibilidade de cobranças. Como se diz no futebol: “a regra é clara”!
É importante ressaltar que clareza e transparência geram segurança para sua equipe. Atrelado à segurança, é preciso aplicar também o reconhecimento. Este reconhecimento, seguindo nossa analogia com o futebol, seria a entrega do troféu e medalhas referente ao resultado dos jogos. Nas empresas precisamos de monitoramento às atividades a serem executadas e estas precisam ser avaliadas e apresentados seus respectivos resultados. Aqueles que se destacarem com seus resultados precisam ser reconhecidos de alguma forma. Para agregar ainda mais, estabelecemos metas a serem alcançadas e estas também devem ser reconhecidas caso sejam completadas. Muitos devem estar se perguntando sobre aumento de remuneração para este reconhecimento, mas lhes adianto que a expectativa de sua equipe nem sempre é só dinheiro. Vale a máxima de que dinheiro é sempre bem-vindo, mas ele é “perecível”, pois seu valor se perde com facilidade com o passar do tempo. Uma medalha e/ou troféu é algo a se mostrar à todas as pessoas ao seu redor e por toda a eternidade. Isso é meritocracia, parte fundamental no ambiente competitivo e que, como no futebol, separa os bons dos “camisa dez”.
Se você não sabe por onde começar, vale um direcionamento básico. Comece a aplicação e treine, diariamente, até que a rotina seja incorporada ao hábito e essa prática leve a excelência: o estabelecimento e o cumprimento de reuniões periódicas; o desenvolvimento, a divulgação e o respeito ao regulamento interno; definição de rotinas por setor; avaliação das rotinas definidas (check list); avaliação de comprometimento individual; e definição de metas customizadas por setor.
Em resumo, a gestão de pessoas é baseada na soma de clareza e transparência. O resultado dessa equação é a segurança. Por sua vez, segurança e reconhecimento resultam no time dos sonhos – e que, literalmente, representará a mão na taça.
***Emerson Amaral, diretor do Instituto de Desenvolvimento das Empresas de Alimentação (Ideal)