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Publicado em 18 setembro, 2023

AÇÕES QUE MINIMIZAM A FALTA DE MÃO DE OBRA

Está faltando mão de obra aí na sua empresa? Não me diga isso! Afinal, 8,5 milhões de pessoas estavam desempregadas em junho, conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em concomitância às estatísticas, é de senso comum na indústria e no varejo de alimentos o desafio de manter a equipe completa, desempenhando funções claras, distanciando o proprietário do balcão e o aproximando mais das rotinas gerenciais. Essa é a realidade do mercado: há sim gente disponível para trabalhar mas permanece o desafio de manter a operação funcionando. Deixar de funcionar não é uma opção e, ainda que nosso setor seja muito ligado à produção artesanal e atendimento presencial, faz-se necessário rever as dinâmicas para minimizar a falta de mão de obra. 

Processos e equipamentos que reduzem a necessidade de mão de obra

Quando o assunto é repensar os modelos de negócio falamos, principalmente, de construir caminhos em duas direções. O primeiro deles é o investimento em tecnologia de processos e em equipamentos, para auxiliar na produção e no atendimento. Não quero que você interprete como uma robotização das padarias, mas sim como uma urgente necessidade de olhar para a tecnologia e para a gestão, pensando: estou aberto a tudo que possa me auxiliar a ter melhores resultados e oferecer uma melhor experiência ao cliente. 

Destaco que a área de tecnologia é uma grande aliada. A começar pelas etiquetas eletrônicas de preço, com automatização dos ajustes de precificação automaticamente pois estão vinculadas ao sistema – o que na prática significa que você não precisará de mão de obra para fazer essa atualização manual, imprimindo etiquetas como um novo preço. 

Outro ponto é que um novo colaborador dificilmente terá conhecimento aprofundado sobre as características e composição de todos os produtos. Sendo assim, uma plaquinha que já contenha todas as informações necessárias como nome, código, sabor, preço e composição irá contribuir muito na qualidade do atendimento. Afinal, quem nunca passou pela dificuldade de resposta se um determinado produto leva leite ou não?

Na sequência, te convido a refletir sobre os pontos de autosserviço, item que o cliente está cada vez mais habituado. Do consumidor fazer o próprio pedido por um tablet na mesa até ele pagar e liberar a comanda em totem de autoatendimento – tudo isso minimiza filas e agiliza o tempo da sua equipe e do próprio consumidor. As soluções de self checkout vieram para ficar e você deve começar a se preparar para esse cenário, pois, ainda que haja falta de pessoal, sua operação não ficará tão comprometida. Se você acha que isso não funciona, visite algumas lojas de alimentação e faça testes. Outros mercados, há anos atrás, também pensavam que o momento do autoatendimento não chegaria, mas hoje estão a pleno funcionamento, a exemplo da rede de artigos esportivos Decathlon, que em várias unidades possui caixa com atendimento humano apenas para pagamentos em dinheiro. 

Mas, para que o cliente faça o próprio pedido, pague a conta e saia satisfeito é preciso estruturar. Um cardápio com boas fotos, descritivo de produtos que verdadeiramente passe informação sem gerar dúvidas e menu atualizado é essencial. Esse mesmo cardápio, com pequenos ajustes, pode ainda ir para sua loja 24 horas. Calma lá, você ainda não tem loja 24 horas? Vou te dar um passo a passo muito simples e eficaz para que você possa vender todos os dias e em todos os momentos, ainda que a loja física esteja fechada e sem precisar aumentar a quantidade de funcionários.

Passo a passo para ter uma loja que funcione 24h

  • Passo 1: Estruturar o cardápio. Lembre-se de  que os preços devem estar focados na unidade, pois o cliente não sabe bem quantos gramas quatro pães de queijo dão na balança. Mas, se você vende a bandeja com quatro unidades pelo valor X, a informação fica muito mais clara. Inclua se o produto tem alergênicos (leite, amêndoas, glúten etc) e qualquer outra característica essencial.
  • Passo 2: Buscar um formato de venda, seja por aplicativo próprio ou site. Deixe claro que os pedidos podem ser feitos a qualquer momento do dia, mas crie janelas para a entrega dos mesmos. Ou seja, o consumidor saberá que pode comprar a uma hora da manhã, mas agendará quando irá receber ou retirar o pedido. Assim, ao abrir a loja, você poderá conferir a agenda do dia e organizar a produção. 
  • Passo 3: Divulgue. O mesmo cliente que vai na loja pode, em um outro momento de consumo, optar por comprar de casa. Ou, em uma busca orgânica no Google, o escritório das redondezas pode fazer a compra de produtos para um coffee break. Diga adeus a receber um pedido pelo Whatsapp e ter de enviar inúmeras sugestões de produtos, gastando horas de atendimento. Invista seu tempo em divulgar esse novo formato de venda.

Inovações para ganho de produtividade na área de produção

Já na produção, os processos de inovação e gerenciamento também se aplicam. De mecanismos eletrônicos de planejamento da produção que fazem a geração automática de pedidos à produção, minimizando as rupturas de produtos na loja, até a tecnologia processual de ganho de produtividade com a pré-pesagem. Tudo faz diferença. Seu padeiro não pode e nem deve perder tempo separando e pesando produtos, pois a hora dele é mais valiosa quando está na execução dos produtos.

Vale destacar ainda que nem todos os produtos precisam ser feitos na loja. É possível ter frescor, sabor e padronização com produtos congelados. Tenhamos como exemplo o pão de queijo, produto já disseminado no mercado na modalidade congelada e que é sucesso com os clientes. Se você tem a possibilidade de terceirizar essa produção, comprando o item congelado da indústria, deixará sua equipe mais sintética e focada em preparar produtos de maior valor agregado. Ainda nesse sentido, há espaço para o uso de pré-misturas, que também simbolizam ganho de produtividade. 

Faça a medição e se ajuste ao cenário. Sua empresa deve ter como referência R$ 3.845 de venda por m² (área de venda); R$ 12.715 de produtividade por funcionário geral; e R$ 26.277 de produtividade por funcionário da produção. Essas são as médias nacionais atualizadas em maio de 2023. Para aprender mais e te auxiliar nessa autoavaliação, nós elaboramos uma ferramenta virtual que te ajudará a levar dados técnicos básicos de como está sua empresa, auxiliando na identificação das vantagens competitivas e capacidades internas que a organização possui. A “Ferramenta de Autodiagnóstico de Performance” é um produto da Ideal e está a um clique de você: https://hotmart.com/pt-br/marketplace/produtos/ferramenta-de-auto-diagnostico-de-performance/I85617836P?variant=3 .

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Como manter a equipe atual, atraindo e retendo os talentos

O segundo caminho na jornada de repensar modelos de negócio é tornar a empresa um ímã de atração de retenção de bons profissionais. Já falamos sobre isso em outras ocasiões e farei um breve resumo: 

  • Criar dinâmicas de formação de liderança e meritocracia, deixando claras as regras e expectativas para todos os membros da equipe com o objetivo de construir um time integrado e autogerenciável. A empresa carece de ter divisão de tarefas com check list e orientação de um roteiro de atividades, regulamento interno e outros processos gerenciais. 
  • Manter estrutura compatível de banheiro e vestiário. Isso mostra o quanto a empresa valoriza os profissionais que estão lá dentro e respeita as individualidades. Banheiro sem tranca, porta que não fecha direito, sem iluminação, ambiente sujo e sem estrutura mínima são pontos que você deve observar com muita atenção. 
  • Área de refeitório e convivência para os colaboradores. Eu sei que m2 é caro e restrito, mas aqui não falo sobre tamanho, mas de estrutura disponível. E claro, não adianta ter a estrutura e não permitir que a equipe usufrua do espaço. 
  • Oferta algum tipo de refeição ou lanche. Não precisa ser sofisticado, mas sim fresco e saboroso. Isso de colocar alimentos que são a sobra da loja para os colaboradores comerem passa uma péssima imagem e claro, é completamente inadequado. 
  • Uniforme atrativo. Aqui falamos de um uniforme básico, limpo, em boas condições de uso. Uniforme não pode ser uma fantasia.
  • Capacitações ofertadas pela empresa. Fornecedores, inclusive, oferecem de forma gratuita e você pode usar esse destaque na construção profissional como um atrativo.

Te convido a ler os conteúdos completos sobre liderança e gestão de equipes aqui no blog, que está recheado de conteúdos gratuitos que vão te auxiliar a colocar essas ações em prática. 

Conte com o suporte da @consultideal na missão de encontrar formatos exequíveis de remodelagem na gestão e operação. Ficar parado não é uma opção e é seu dever de gestor pensar na sustentabilidade do negócio, seja ele com um ou com cem funcionários. Sucesso e boas vendas!